Era um sítio. Fazia sol. Estava num gramado, próximo à casa.
Fui picada por uma abelha,
logo muitas abelhas (se emaranhando nos cabelos),
logo muitas abelhas (se emaranhando nos cabelos),
zumbido,
confusão,
escuro.
Acordei dentro da casa. Fora, ainda fazia sol, mas a casa era fria.
Veio a mãe do sonho: quis saber como me sentia.
Veio a mãe do sonho: quis saber como me sentia.
Contou do ataque das abelhas,
que estive desacordada desde então,
que muitos anos haviam se passado... e nesse tempo chegou um moço,
um enfermeiro, que cuidou de mim e esteve sempre ao meu lado:
que estive desacordada desde então,
que muitos anos haviam se passado... e nesse tempo chegou um moço,
um enfermeiro, que cuidou de mim e esteve sempre ao meu lado:
me alimentando, contando histórias, esperando pacientemente que eu acordasse.
Ele acabou de sair - disse a mãe - mas prometeu voltar logo.
Corri pra janela e ainda o vi seguindo em direção à porteira.
Ele acabou de sair - disse a mãe - mas prometeu voltar logo.
Corri pra janela e ainda o vi seguindo em direção à porteira.
Não usava uniforme, mas umas roupas velhas,
era alto, magro, os cabelos reluziam ao sol.
era alto, magro, os cabelos reluziam ao sol.
Quando ia fechar o trinco, fez um movimento de olhar pra casa...
Me escondi entre as cortinas e continuei observando...
aquela figura que, subitamente, me encantara
- mas que também me metia medo.
O vestígio: uma sensação de renascimento e de curiosidade, se é que não significam a mesma coisa...
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