Essa noite sonhei que morria, dormindo. Sem saber muito bem pra onde estava indo, cheguei à "portaria da morte". Lá, um homem negro, vestido de branco, um pouco gordo, sentenciou: Você morreu. Diante da minha recusa em aceitar o fato, este educado porém frio homem, enviou-me para outro setor, onde uma mulher ruiva, muito elegante, de óculos, confirmou: Sim, você morreu. Mas como assim, como morri, se apenas fui dormir, o que eu tive? Ela examinou uns papéis: você tinha câncer nos rins, mas morreu de um ataque cardíaco. Esta decisão foi tomada pois você não estava fazendo bom uso de seu tempo em vida.
Meu comportamento era o de uma pessoa que é cobrada indevidamente ou exatamente o de uma criança que faz alguma coisa errada e quer a redenção: Não, não pode ser, por favor me dê uma chance, prometo fazer diferente, eu sei que é um sonho de morte, que estou dormindo, mas prometo que quando acordar lembrarei de tudo isso e farei diferente. Lembro de um olhar complacente, ou talvez duvidoso. Lembro de voltar a dormir.
Acordei com a lembrança da morte e da promessa. Afinal tudo não passou de um sonho, talvez o câncer nos rins fosse apenas vontade de fazer xixi, o ataque cardíaco uma simples reação do meu coração ao lembrar de você.
Mas o aviso para aproveitar melhor meu tempo, esse foi real.
segunda-feira, 12 de maio de 2014
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