E cheguei à um tempo e uma vida passada,
uma cidade pequena, uma noite chuvosa.
Tocava música, era acordeon.
Havia um casal: dançavam nus pelas ruas, girando, girando...
Num momento eu admirava, depois era eu a moça,
e girava, girava, girava junto ao meu par.
Então algo aconteceu, ele precisou fugir.
Pedi-lhe que guardasse um número:
127 (falei em espanhol, pausadamente: uno, dos, siete).
Sozinha, sentia frio, fome e medo.
Outro homem apareceu e me deu uns restos de comida (era o mecânico do pedregulho).
Fiquei agradecida. Não lembro mais nada.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
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